terça-feira, 17 de maio de 2011

Roteiro de outro autor

Uma das maiores dificuldades de criação de uma história, certamente é o que se chama “amarração da história”, ou mesmo narrativa ajustada para entendimento.
Muitas pessoas têm idéias de história fantásticas, mas quando tentam colocar no papel, quer seja em romance, conto, ou mesmo roteiro para teatro ou cinema, encontram dificuldades em tornar a história factível ou inteligível, mais ainda quando precisam de aprovação pública como geralmente acontece com produções cinematográficas.
O roteirista tem nesse mercado um filão promissor, especialmente em se tratando de grandes centros como os EUA, onde a profissão é valorizada e não apenas como um adendo à produção, como ocorre no Brasil.
Voltando a grandes centros, nada que seja produzido em vídeo, cinema, ou mesmo espetáculos que visam atingir o público, deixam de ter um roteiro prévio para o trabalho da produção, o mesmo não ocorrendo com países como o Brasil, onde o roteirista não é valorizado e produções muitas vezes são realizadas sem tal profissional.
O “ghost writer”, ou escritor fantasma, é pouco usado no Brasil, mas ocorre e quando isso acontece, é necessário que o profissional tenha um bom entendimento para com o autor da idéia, e que trace até mesmo para si um roteiro do roteiro a ser escrito.
Assim, em uma primeira reunião com o autor da idéia, o roteirista ouve a história como um todo, faz apontamentos dos eventos principais e posteriormente procure a melhor maneira de colocar a narrativa de uma forma linear, sem levar em consideração os contrastes ou mesmo as necessidades de criação própria para dar vida no conteúdo a ser roteirizado.
De posse de tais elementos da narrativa, outra reunião se faz necessária para que ele discorra sobre a história para o autor da idéia, e esse possa destacar os elementos que mais o interessam.
Assim, fica mais fácil para o roteirista ter em mente os fatores que mais tem peso na narrativa, e procure as formas adequadas de destaque para os elementos em questão, mesmo que para tal, tenha que criar situações, personagens ou mesmo ações secundárias para que o foco central seja explicitado com mais vigor.
A maior das dificuldades encontradas pelo roteirista, com certeza é a linguagem cênica que proíbe a personagem central de qualquer trama, de falar de si ou mesmo se auto identificar. Assim, a trama sempre tem que começar pela identificação da personagem com todas as nuances possíveis, sem que dela dependa a auto narrativa. Por isso é importante para o roteirista, uma imaginação fértil ao ponto de ter sempre uma opção para tal.
Como pode ser visto, para o roteirista cinematográfico de história que não sejam próprias, as dificuldades são ainda maiores que os que o fazem de sua própria criatividade.
No próximo bloco, veremos as fases de roteirização, em especial a forma de dar oportunidade para a criação do Diretor da Produção.
Contato:
luizcarlosfenix@hotmail.com

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Roteiro para Cinema

Como o próprio nome explicita, roteiro é o caminho a ser seguido para atingir determinado objetivo, no caso em particular, para cinema.
Normalmente o roteirista é também o autor da história a ser narrada na produção, porém nem sempre isso acontece. Muitos idealizadores têm dificuldades em colocar no papel, em linguagem inteligível, a trama de suas idéias ou histórias, e, portanto, procuram aquele que possa traduzir em cenas e falas, uma narrativa que tenha começo, meio e fim. Abordemos então os dois casos especificados.
Autor: Quando o roteirista também é o autor da história, normalmente ele faz com que a história fique compreensível para o Diretor, bem como para os atores envolvidos na montagem da produção. Seu trabalho consiste em discorrer sobre a trama, normalmente iniciando com descrição de cena, personalidades das personagens envolvidas, bem como ambiente e figurinos.
Exemplo prático:
CENA 01
Quarto hospitalar, mulher de meia idade, aparentando jovialidade para a idade, deitada na cama (Maria Eva) tendo em cada um dos lados do leito, duas moças (Jenny, filha de Maria Eva e Amanda, amiga de infância de Jenny).
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(Explicitado o ambiente e descritas superficialmente as personagens do local, o roteirista descreve as falas das personagens, e a emoção das frases).
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JENNY – Não acredito que ele foi capaz de lhe dizer isso! (Indignada) Dessa vez eu mesma vou mostrar a ele que a senhora merece mais respeito mãe! (trocando olhares com Amanda)
MARIA EVA – Eu não queria que ela soubesse isso Amanda! (chateada)
JENNY – Como sempre, não é mãe? (pegando em suas mãos) Nunca percebeu que essa forma de ele te tratar eu já conheço?
AMANDA – Maria Eva, eu acho que a Jenny deve saber sim! (Contestadora) Ela não é mais criança e a senhora, mais que nunca tem que por um fim nisso!
MARIA EVA – Promete que não vai brigar com ele filha! (apaziguadora e dengosa) Faz isso por mim!

Percebe-se, portanto, que o roteiro tem o objetivo de ser guia. Mesmo que muitos diretores ou atores coloquem personalidade, tanto nas cenas quanto na interpretação, a guia deve existir.
Nas próximas postagens, discorreremos sobre conteúdo explícito em roteiro e criação para outro autor.
Contato: luizcarlosfenix@hotmail.com

"A idéia"

Qualquer história de vida real ou ficcional é tema para um trabalho cinematográfico.
Vide "Rain Man", ou "Senhor dos Anéis".
Enquanto um aborda o cotidiano, se não interessante para os aficcionados em ação e aventura, o outro é apenas um marco da ficção, batendo recordes de bilheteria onde quer que seja exibido.
Isso não quer dizer que o primeiro não tenha tido seu público cativo e até mesmo abriu portas para uma visão diferenciada da sociedade da época, quando famílias que detinham em seu seio pessoas consideradas "anormais", hoje portadores de "necessidades especiais", preferiam mante-las em cárcere, senão privados, em instituições isoladas da sociedade.
A diferença entre uma história e outra tornava "Rain Man" inconcebível como filme para público, ao ponto de Spielberg ter se negado a filmá-lo.
As interpretações magistrais de Dustin Hoffman e Tom Cruise provaram que a história, se com público alvo ou sem público alvo, poderia ser um clássico, como até hoje é considerado o filme "Rain Man".
Quando ao "Senhor dos Anéis", cremos ser dispensável qualquer comentário.
Apenas foi levantada tal questão, para mostrar que qualquer história pode se tornar filme, desde que os passos sequentes sejam cuidadosamente analisados e trabalhados.

Roteirização da História ou idéia
Essa é uma questão um pouco mais complexa mas nada que seja fora do normal, se é que se pode considerar qualquer ação cinematográfica normal...
A roteirização depende de imaginação pura e funcional. Deve prever alguns critérios como picos para atrair a atenção do público para a trama, sem tornar a história muito maçante.
Alguns roteiristas usam mecanismos de contrastes, alguns de cena e outros de interpretação cênica. Explico:
Um exemplo crasso de contraste, pode ser observado no filme "Cisne Negro", ao iniciar com um sonho desconcertante e demoníaco e em seguida mostrar uma simples moça em seu leito...
Outros roteiristas preferem trabalhar cenas menos fortes inicialmente e ganhar em conteúdo nos primeiros 1/4 da história como um todo.
Só depois é que começam a narrativa do foco central...
Alguns ainda fazem com que personagens secundários contribuam com o enredo, e não raro podem ser visto sempre às voltas com a personagem principal, seres cômicos ou mesmo caricatos...
A maioria dos roteiristas tem por norma aplicar a máxima sociológica de que ninguém tem credibilidade para falar de si mesmo, então sempre que podem, colocam outras personagens para dar a identidade do foco central da narrativa, que é a personagem principal...

Semanalmente estaremos discorrendo mais sobre os pontos mais importantes de uma produção e tambem abordaremos projetos, produção, interpretação e direção, e esperamos que as manifestações públicas nos interpele e conteste em nossas explanações.
Contatos e maiores informações podem ser obtidas via ,msn pelo endereço
luizcarlosfenix@hotmail.com

Até a próxima...

Idéia

Todos já ouviram a célebre frase: "Uma idéia na cabeça e uma câmera na mão..."
Dificilmente quem já assistiu algum filme que o marcou, não tenha tido uma idéia de produzir um de sua autoria e que arquivou, algumas vezes por falta de oportunidade, ou mesmo por ouvir outra célebre frase: "A arte não dá futuro..."
Também muitos que hoje tornaram-se cineastas, ouviram as frases acima, e fazendo ouvidos moucos, permitiram o afloramento da veia artística e conseguiram consolidar seus sonhos...
Nada é impossível para aquele que crê em si mesmo e mais ainda, para aquele que procura aprender os passos necessários para tornar seus sonhos realidade.
Em assim sendo, usamos esse espaço para tornar possível os primeiros conhecimentos de uma produção cinematográfica, e mais ainda, para estimular que pessoas que tenham os objetivos de realmente adentrarem nessa apaixonante profissão, possam saber o que, como, onde e quando podem aprender mais sobre um trabalho que já faz parte de suas idéias, mas que precisam ser consolidadas...
Bem vindo ao blog, e esperamos esses primeiros passos, não sejam definitivos, mas sim, estímulos para que engrossem as fileiras dos artistas que não se permitem ser frustrados em seus sonhos...